O mês era janeiro, o ano 1964
O mês era janeiro e o ano 1964. O Brasil ardia em protestos e propaganda política.Nessa época os Estados Unidos patrocinavam financeira e intelectualmente golpes militares por toda a América Latina na tentativa de impedir a implementação do comunismo.O presidente da Republica era João Goulart, conhecido popularmente como Jango.As tensões sociais no país aumentavam. Jango preparava o discurso da Central do Brasil para 200 mil pessoas, para anunciar as reformas, como a nacionalização de refinarias de petróleo e a desapropriação de terras para o início de uma reforma agrária.
São Paulo se preparava para a grande Marcha da Família com Deus pela Liberdade, cujo objetivo era mobilizar a opinião pública contra a política desenvolvida pelo governo de Jango que, segundo eles, levaria à implantação do comunismo no Brasil.Os militares se reuniam nos quartéis e conspiravam um golpe militar.
O cenário estava perfeito. Algo inusitado mudaria a atenção da imprensa focada na política. E no dia 7 de janeiro as 05h00min chega de Paris ao Galeão num Caravelle da Panair a mulher mais cobiçada do cinema: a estrela do filme “E Deus Criou A Mulher”, Brigitte Bardot. O mundo parou naquele instante para assistir a sua chegada ao Rio de Janeiro. Quando o avião da Panair, o“Garcia D’avila”, abriu as portas foi um crepitar de flashes sem fim seguidos por um comitê de recepção de fotógrafos brasileiros e estrangeiros.
As perguntas se cruzavam e as pessoas aos gritos, ensandecidas, deixam BB em pânico com a grande confusão no aeroporto. BB foge pelo recém inaugurado Aterro do Flamengo num fusquinha de Afraninho Nabuco - amigo de Bob Zaguri, seu namorado na época, que a trouxe a Búzios. Parecia a corrida de Le Mans! Brigitte deixava passaporte e malas retidos na alfândega do Galeão, porque não teve meios de regularizar a sua situação na Policia Marítima, criando um grande impasse internacional. Isto se resolveu mais tarde com um acordo diplomático.
Brigitte Bardot se trancou no apartamento de Afraninho Nabuco, cedido ao velho amigo Bob Zagury, na Avenida Atlântica Nº. 1998 - Edifício Maria do Carmo, por quatro longos dias. Estava criado o impasse e a guerra aberta entre a famosa estrela do cinema francês e os repórteres.
Eram tantas as histórias de Brigitte Bardot que os jornais "O globo" e "O Jornal do Brasil" deram cobertura deste acontecimento diariamente e as revistas "O Cruzeiro", "Manchete" e "Fatos & Fotos" todas as semanas. Brigitte Bardot no seu refúgio secreto, uma aldeia de pescadores no Estado do Rio de Janeiro, foi capa e notícia durante os 4 meses que permaneceu em Búzios. As notícias tanto despertaram o interesse da mídia mundial que todos queriam saber onde era Búzios, o antigo 3º distrito de Cabo Frio - O Paraíso Secreto de Brigitte Bardot.
Foi assim a história conhecida, cujos registros documentados correm o risco de se perderem!
Com o apoio da Associação Comercial e Empresarial de Búzios um grupo de moradores da cidade resolveu chamar a si a responsabilidade pelo levantamento sistemático da identificação, aquisição, recuperação e posse dos acervos de imagens fotográficas e documentos jornalísticos dos anos de 1964 e 1965 que noticiaram a visita de BB a Búzios, além de relatos relacionados àquela época por moradores da cidade que vivenciaram aqueles momentos de descoberta de Búzios para o turismo nacional e internacional.
Este grupo pretende, com a ajuda de todos os simpatizantes desta idéia, adquirir os direitos autorais e patrimoniais do espetacular acervo temático de 80 negativos do fotógrafo francês Denis Sacco Albanese que acompanhou Brigitte e Bob Zaguri em sua estada em Búzios em 1964, além de comprar um terreno, contratar o arquiteto Helio Pelegrini para criar e acompanhar a execução do projeto arquitetônico do memorial museológico para exposição do acervo referido que reconte toda a passagem de Brigitte Bardot por Búzios, com vistas a torná-lo um produto turístico-cultural. Uma lembrança recuperada para a posteridade, do momento histórico relatado, em que Brigitte Bardot revela ao mundo esta paradisíaca aldeia de pescadores para a garantia do seu futuro e, ao mesmo tempo, um tributo ao seu passado.Armação dos Búzios/RJ, 21 de novembro de 2008
José Wilson Barbosa
Presidente do MBB
O mês era janeiro e o ano 1964. O Brasil ardia em protestos e propaganda política.Nessa época os Estados Unidos patrocinavam financeira e intelectualmente golpes militares por toda a América Latina na tentativa de impedir a implementação do comunismo.O presidente da Republica era João Goulart, conhecido popularmente como Jango.As tensões sociais no país aumentavam. Jango preparava o discurso da Central do Brasil para 200 mil pessoas, para anunciar as reformas, como a nacionalização de refinarias de petróleo e a desapropriação de terras para o início de uma reforma agrária.
São Paulo se preparava para a grande Marcha da Família com Deus pela Liberdade, cujo objetivo era mobilizar a opinião pública contra a política desenvolvida pelo governo de Jango que, segundo eles, levaria à implantação do comunismo no Brasil.Os militares se reuniam nos quartéis e conspiravam um golpe militar.
O cenário estava perfeito. Algo inusitado mudaria a atenção da imprensa focada na política. E no dia 7 de janeiro as 05h00min chega de Paris ao Galeão num Caravelle da Panair a mulher mais cobiçada do cinema: a estrela do filme “E Deus Criou A Mulher”, Brigitte Bardot. O mundo parou naquele instante para assistir a sua chegada ao Rio de Janeiro. Quando o avião da Panair, o“Garcia D’avila”, abriu as portas foi um crepitar de flashes sem fim seguidos por um comitê de recepção de fotógrafos brasileiros e estrangeiros.
As perguntas se cruzavam e as pessoas aos gritos, ensandecidas, deixam BB em pânico com a grande confusão no aeroporto. BB foge pelo recém inaugurado Aterro do Flamengo num fusquinha de Afraninho Nabuco - amigo de Bob Zaguri, seu namorado na época, que a trouxe a Búzios. Parecia a corrida de Le Mans! Brigitte deixava passaporte e malas retidos na alfândega do Galeão, porque não teve meios de regularizar a sua situação na Policia Marítima, criando um grande impasse internacional. Isto se resolveu mais tarde com um acordo diplomático.
Brigitte Bardot se trancou no apartamento de Afraninho Nabuco, cedido ao velho amigo Bob Zagury, na Avenida Atlântica Nº. 1998 - Edifício Maria do Carmo, por quatro longos dias. Estava criado o impasse e a guerra aberta entre a famosa estrela do cinema francês e os repórteres.
Eram tantas as histórias de Brigitte Bardot que os jornais "O globo" e "O Jornal do Brasil" deram cobertura deste acontecimento diariamente e as revistas "O Cruzeiro", "Manchete" e "Fatos & Fotos" todas as semanas. Brigitte Bardot no seu refúgio secreto, uma aldeia de pescadores no Estado do Rio de Janeiro, foi capa e notícia durante os 4 meses que permaneceu em Búzios. As notícias tanto despertaram o interesse da mídia mundial que todos queriam saber onde era Búzios, o antigo 3º distrito de Cabo Frio - O Paraíso Secreto de Brigitte Bardot.
Foi assim a história conhecida, cujos registros documentados correm o risco de se perderem!
Com o apoio da Associação Comercial e Empresarial de Búzios um grupo de moradores da cidade resolveu chamar a si a responsabilidade pelo levantamento sistemático da identificação, aquisição, recuperação e posse dos acervos de imagens fotográficas e documentos jornalísticos dos anos de 1964 e 1965 que noticiaram a visita de BB a Búzios, além de relatos relacionados àquela época por moradores da cidade que vivenciaram aqueles momentos de descoberta de Búzios para o turismo nacional e internacional.
Este grupo pretende, com a ajuda de todos os simpatizantes desta idéia, adquirir os direitos autorais e patrimoniais do espetacular acervo temático de 80 negativos do fotógrafo francês Denis Sacco Albanese que acompanhou Brigitte e Bob Zaguri em sua estada em Búzios em 1964, além de comprar um terreno, contratar o arquiteto Helio Pelegrini para criar e acompanhar a execução do projeto arquitetônico do memorial museológico para exposição do acervo referido que reconte toda a passagem de Brigitte Bardot por Búzios, com vistas a torná-lo um produto turístico-cultural. Uma lembrança recuperada para a posteridade, do momento histórico relatado, em que Brigitte Bardot revela ao mundo esta paradisíaca aldeia de pescadores para a garantia do seu futuro e, ao mesmo tempo, um tributo ao seu passado.Armação dos Búzios/RJ, 21 de novembro de 2008
José Wilson Barbosa
Presidente do MBB
